O meu amor é teimoso. E isso chateia-me imenso, pois teimosa sou eu também e como tal não gosto de ceder nunca, contudo isso torna-se essencial para a saúde do nosso romance.
O meu amor faz a covinha mais querida quando se ri. Ali, do lado direito, a derreter-me.
O meu amor tem o riso mais estúpido que eu já ouvi. É que é uma coisa mesmo assombrosa, do tipo oh meu deus, o que é que tu estás a fazer? eu não te conheço. E ao mesmo tempo faz-me rir, não consigo não rir quando o oiço.
O meu amor, ainda no riso, faz o eheheh mais maravilhoso de sempre. É sempre cómico e já mo pegou.
O meu amor pega-me tudo.
O meu amor não tem sífilis.
O meu amor tem um dentinho maroto. Ele farta-se de mandar vir com o malandreco mas eu acho que lhe dá um piadão. Sem ele, não seria a mesma coisa.
O meu amor ama rap. Mais do que a mim, mas eu já aprendi a viver com isso.
O meu amor ensinou-me a gostar de rap. Mostrou que não são só palavras cuspidas para o ar. Mostrou que são palavras inteligentes cuspidas para o ar.
O meu amor tem um jeito incrível para escrever rap. Qual Sam the Kid, qual quê!
O meu amor ainda vai ser um grande mc. E eu vou ter que ir curtir para os concertos dele, enquanto ele diz que fez não sei o quê à dama de não sei quem.
O meu amor é viciado em bonés e ténis. Tanto que eu tenho medo de qual seria a resposta dele se lhe perguntassem a tua namorada ou um cartão de crédito ilimitado para ténis e bonés?
O meu amor joga andebol. Nunca vi um jogo dele, acho que já perdi essa oportunidade, mas tenho a certeza que é brilhante.
O meu amor não tem jeito para jogar futebol. Mas esforça-se.
O meu amor é perfeccionista.
O meu amor não tem noção do bom que é. Em variadíssimas coisas.
O meu amor tem as costas mais perfeitas. Com as omoplatas mais bonitas.
O meu amor tem os ombros largos e as pernas mais rijas e perfeitas. E ficamos por aqui.
O meu amor faz coisas que sabe que me vão chatear só porque gosta de ouvir a minha voz e os meus sons de chateada.
O meu amor é o ser mais irritante que eu já conheci.
O meu amor pede mimos.
O meu amor acha que mimos são apertar-lhe a cabeça, esfregar-lhe a cara com força com as mãos ou com a minha cara. Esta última sabe realmente muito bem.
O meu amor pede que lhe dê chapadas. Acha que é mimo, também.
O meu amor também pede beijinhos e festinhas.
O meu amor é o ser mais querido eu já conheci.
O meu amor acha que é giro espetar-me as chaves no cu, cada vez que subimos as escadas.
O meu amor é sempre bonito. Mesmo quando abre a boca para me deixar ver o seu bolo alimentar.
O meu amor acha que é gordo. E amanhã vai começar a fazer dieta.
O meu amor é estúpido e não tem noção das coisas (estás perfeito, sim?).
O meu amor diz: as outras podem ser boas, mas são umas porcas. Tu és a melhor pessoa que eu conheço. Tens tudo o que eu quero. Só te quero a ti.
O meu amor é a melhor coisa que já me aconteceu.
O meu amor não é dado a lamechisses. Mas diz aquilo que é necessário, no preciso momento em que eu preciso.
O meu amor faz acabar a guerra, a fome, as doenças e todos os males do mundo quando me abraça.
O meu amor está sempre a fazer piadas estúpidas com jogos de palavras igualmente estúpidos (mas inteligentes, há que lhe dar isso.).
O meu amor é um doce.
O meu amor é mágico e é capaz de me fazer voar.
O meu amor tem um dom.
O meu amor tem um trauma qualquer com pés.
O meu amor faz-me rir. Todos os dias.
O meu amor tem ar de mau.
O meu amor é sexy.
O meu amor é forte.
O meu amor cheira bem.
O meu amor é indeciso.
O meu amor é inteligente.
O meu amor tem espasmos pré-sono.
O meu amor é de confiança.
O meu amor é especial.
O meu amor é o meu orgulho.
O meu amor é essencial.
O meu amor é isto e muito mais. Tão complexo que simplesmente é impossível descrever: não quero reduzi-Lo a palavras, Ele é tão mais. Queria dizer mais coisas. Estou a esquecer-me de muitas.
O meu amor é tudo para mim.
O meu amor tem montes de defeitos e são essas imperfeições, juntamente com tudo de bom (que é tanto) que Ele tem, que O tornam tão perfeito. Perfeito para mim.
Não mudava nada. Podem trazer-me o 'homem perfeito' para eu, orgulhosamente, rejeitar, pois, por mais perfeito que fosse, teria sempre um defeito: não seria o meu amor. É esse o problema de todos os meninos/rapazes/homens: nenhum deles é o meu amor. E o meu amor é tudo o que eu quero e tudo aquilo para que eu consigo olhar e apreciar.
E todas e todos se podem roer de inveja: mais ninguém pode ter o meu amor.
O meu amor é só meu.
O meu amor é único e insubstituível. É um ser singular.
O meu amor és tu, André, e está tudo dito.
Fazes-me feliz.
Amo-te, oh!