Adoro o cérebro e, ao contrário do que por vezes possa parecer, tenho um, e adoro ter um. Um dia vou foder muito dinheiro em livros sobre o cérebro e estou a contar com parte do teu ordenado para tal mas isso é um assunto que não tem a ver.
Tornando ao assunto que me trouxe aqui, o cérebro é uma complexidade de coisas que eu não tenho nem formação nem inteligência para expor aqui, mas é um coisa completamente fascinante e o que mais me fascina são os processos inconscientes. Acho que o inconsciente sabe mais que 'nós', explicação plausível para os sonhos chamados de 'premonitórios'... o que é assustador, tendo em conta os sonhos que tenho contigo... O QUE É QUE TU ME ANDAS A FAZER?
Estou a brincar, o meu maior medo é perder-te e o meu inconsciente sabe disso e simplesmente gosta de me
E outra vez, estou a desviar-me do assunto: Alteregos.
Caramba, várias pessoas dentro da mesma, consegues imaginar? Obscenidades à parte, se faz favor. São personagens, várias personalidades de uma só pessoa...!
Na minha visão leiga, são carapaças, máscaras que pessoas cuja personalidade não se lhe adequa, usam para se defenderem porque não são genuinamente fortes que baste, para se integrarem porque no modelo original são demasiado tímidas, por um infinito número de razões, mas principalmente para terem um vida, para existirem.
Tu és o meu alter ego, porque eu só me comecei a sentir alguém importante depois de te ter, depois de te ter dado parte de mim, de te ter confiado a minha vida.
Pronto, está bem. Esta é uma visão um bocado rebuscada das coisas. Admito e até parece um bocado mal, tendo em conta que te estou a comparar com uma desordem mental.
Admito.
Eu não vivo através de ti, tu não és o fantoche que eu preciso para me expressar. Sim, eu conseguia viver sem ti, numa visão pouco romântica das coisas. Sim, eu posso ser realista e dizer que as únicas coisas essenciais à minha sobrevivência, como de qualquer ser humano, são água, comida, ar, saúde... dinheiro. Eu posso dizer tudo isso, porque é verdade. Mas é igualmente verdade que não consigo imaginar como seria ou será sem ti, sem te ter à minha espera quando chego a S., sem pensar que estejas onde estiveres, a fazer o que quer que seja, que eu 'estou' contigo, que te lembras de mim. Não sei como será, nem sei o que será de mim, tal como uma pessoa com essa desordem precisa da sua personagem para enfrentar a vida, eu preciso de ti.
Eu amo-te. Amor são químicos. Tenho demasiados químicos por ti na cabeça. Sou doente por ti.
Psicologias à parte, estive a googl'ar sobre o assunto e, ao que parece, alterego tem um outro Sentido.
Assim, e segundo a Wikipédia,
"o alter ego (...) é (...) alguém muito íntimo, um amigo fiel e inseparável em que a pessoa se revê e deposita absoluta confiança (...) na certeza de que ele pensará e agirá como ela pensaria ou agiria, isto é, como se fosse ela própria."
A última parte pode deixar-te confuso, tendo em conta o facto de eu estar sempre a dizer que nós somos completamente opostos, mas a verdade é que não somos tão diferentes assim, tratamos é os assuntos ao contrário. Somos duas visões. Completamo-nos.
Mas tu és, indubitavelmente, essa pessoa, na qual eu deposito total confiança. Íntimo. Fiel. Inseparável.
Toda eu te amo, do inconsciente, passando pelo sub-consciente, até ao consciente.
Id, Ego e Supergo.
Até o Alter-ego.
Ah, espera, esse és tu.
Amas-te? Devias.
Ama-me.
Diz-me, tiveste paciência para ler isto tudo?